Monday, July 09, 2007
Sunday, June 24, 2007
ORIGEM DA VIDA...
Sunday, June 10, 2007
Sunday, May 27, 2007
Sunday, May 20, 2007
“... Frederic Lenoir – Pode explicar-nos, mais precisamente, em que consiste o famoso “efeito de estufa”, que a atmosfera exerce sobre o nosso planeta?
Hubert Reeves – Para acelerar a germinação das suas sementes na Primavera, o jardineiro põe-nas em “estufa” cobrindo-as como uma placa de vidro. A luz amarela do Sol atravessa o vidro, em seguida é absorvida e transformada em calor pela terra, que vê a sua temperatura aumentar. Esta terra desenvolve calor por radiação infravermelha que a placa de vidro não deixa passar, porque ela é transparente para os fotões amarelos mas opaca para os fotões infravermelhos. É este fenómeno o responsável pelo efeito de estufa.
Ora passa-se o mesmo com a Terra. O gás carbónico, o vapor de água, o metano e muitos outros “gases de efeito de estufa” formam uma camada que faz as vezes da placa de vidro. Como resultado, a temperatura à superfície da Terra aumenta.
É interessante notar aqui que a aparição da vida no nosso planeta está estreitamente ligada a este fenómeno. Sem a presença dos gases de efeito de estufa na nossa atmosfera, a temperatura média à superfície do globo seria de -15º.C, portanto, abaixo do ponto de congelação da água.
Mas, isto ainda não é tudo: quando a Terra nasceu, o Sol era mais frio do que agora, a sua cor era mais próxima do laranja do que do amarelo contemporâneo. Como consequência, a quantidade de energia solar recebida na Terra era menos (75% da quantidade actual). Sem o efeito de estufa dos gases atmosféricos, a água ter-se-ia mantido gelada como sobre os satélites de Júpiter.
...”
Hubert Reeves no livro “A Agonia da Terra” – Editora Gradiva
Hubert Reeves é astrofísico
Comentário:
O Planeta Terra está doente. Porquê? Porque a maior parte da humanidade está doente mentalmente. Por causa da questão do poder, do querer ter mais do que é necessário, e da subjugação que é exercida por uma parte da Humanidade sobre os outros, com vista a perpetuar este ciclo vicioso.
Urge mudar. E como? E quem efectua a mudança? Quem, perguntamos nós? Quem a não ser nós mesmos e como, a não ser começando com cada um de nós?
José António
Segundo Hubert Reeves, o efeito de estufa tem sido necessário para tornar POSSÍVEL a vida na Terra. Mas, como tudo quanto caracteriza a Humanidade, houve uma utilização exagerada e egoísta dos meios e recursos da Terra tendo como único objectivo um crescimento desmesurado e não sustentável. Assim, não é o “efeito de estufa em si” que está mal – sem ele, não teriam sido criadas as condições fundamentais para o surgimento da Vida no Planeta, desde as células às plantas, aos animais e ao Homem – mas antes o que nós temos vindo a construir e que se arrisca a transformar um “efeito de estufa” benéfico e essencial, num efeito de estufa destruidor e fatal.
Entre as duas posições esteve a FALTA DE DISCERNIMENTO DO HOMEM.
Urge compreendermos que não é possível CRESCER DESMEDIDAMENTE e a QUALQUER PREÇO num mundo com RECURSOS LIMITADOS.
Ilimitada, deverá ser a Vontade e a Imaginação para resolver estes e outros problemas. Ilimitado também, deverá ser o Amor e a Boa Vontade – não só para com os Homens, mas para com todos os Seres.
Isabel
(Foto de Isabel)
Sunday, May 06, 2007
COMO ESCOLHEREMOS VIVER???
"Os humanos são as únicas criaturas que têm a capacidade para ressoar com todas as outras criaturas e objectos encontrados na natureza. Podemos falar com tudo o que exite no universo. Podemos emitir energia, e também receber energia em troca. Contudo, esta capacidade é uma espada de dois gumes. Quando as pessoas agem por avidez, emitem uma energia que serve para destruir a harmonia da natureza.
A conspurcação da nossa Terra é o resultado de uma fome inexorável de conforto e da satisfação de todos os desejos, iniciada pela revolução industrial. Isto conduziu a estilos de vida de consumo em massa que ameaçam gravemente o ambiente global.
Iniciámos um novo século, estamos numa altura da história em que temos de fazer fortes mudanças na forma como pensamos. Só os seres humanos podem ressoar com o resto do mundo e é por isto que é tão essencial que alteremos a nossa forma de pensar, para que possamos viver em harmonia com a natureza e não continuarmos a destruir a Terra. A vibração que damos à Terra e o tipo de planeta que criamos depende de cada um de nós.
Como é que vai escolher viver a sua vida?
Se encher o seu coração de amor e gratidão, irá encontrar-se rodeado por imensas coisas que pode amar e agradecer e pode ainda ficar mais perto de desfrutar a vida com a saúde e a felicidade que procura. Mas o que irá acontecer se emitir sinais de ódio, descontentamento e tristeza? Então irá, provavelmente, encontrar-se numa situação que o torna odioso, descontente e triste.
A vida que você vive e o mundo em que vive, dependem de si."
Dr. Masaru Emoto - Mensagens escondidas na água - Estrela Polar
Comentário de José António:
(Foto de Isabel)
Sunday, April 29, 2007
Sunday, April 22, 2007
Saber FAZER, sem esperar recompensa...
"Quando a vida espiritual começa a alvorar, reconhecemos que todas as nossas acções deverão ser realizadas, não visando um resultado específico, mas porque é o nosso dever realizá-las. Isto é dito facilmente, mas como é difícil de ser alcançado! Não há o que precisemos mudar em nossas vidas para nos tornarmos espirituais, mas é necessário modificar a nossa actitude em relação à vida. devemos deixar de pedir à vida e passar a dar-lhe tudo, porque este é o nosso dever".
"Esta concepção da vida constitui o primeiro grande passo na direcção do reconhecimento da Unidade. Se existe apenas uma única grande Vida, se cada um de nós nada mais é senão uma expressão daquela Vida, então, toda a nossa actividade será simplesmente a acção daquela Vida em nós, e os resultados serão colhidos pela Vida comum e não pelo eu separado."
ANNIE BESANT - A Vida Espiritual
A maioria da humanidade baseia a sua vida e a sua postura em relação à vida, em função dos benefícios que dela pretende retirar ou dos malefícios que pretende evitar. Percorrem-se vidas inteiras em fugas sucessivas, por não se aceitar que devemos viver o PRESENTE e que as agruras vêm ter connosco para que as possamos ultrapassar e não para sermos vencidos por elas.
Talvez o grande segredo seja agirmos com aquele desapego lúcido e distanciado que nos permita AGIR em vez de REAGIR à VIDA. Tudo temos dentro de nós que nos permita ir aperfeiçoando o nosso modo de VER e AGIR.
José António
Quando nos debruçamos sobre os diferentes tipos de "Yoga" descritos pelos Hindús, esta actitude descrita por Annie Besant e aqui comentada pelo José António poderia facilmente corresponder ao chamado "Karma Yoga" - o Yoga da acção justa. Claro que o que pudéssemos dizer sobre este Yoga aqui seria sempre curto, por isso o que vou escrever não pretende ser um comentário completo mas apenas uma indicação.
No Karma Yoga pretende-se que o aspirante comece a observar as suas acções e a sua forma de actuar com desprendimento - o que parece mais simples do que na realidade é.
Trata-se de aprender a fazer as coisas sem nos agarrarmos aos frutos da acção - ou seja, se praticarmos uma boa acção, não estarmos (por vezes inconscientemente) à espera que ela dê um determinado resultado ou favoreça alguém ou a nós próprios.
Esse desapego é extremamente difícil de obter e, ainda quando o consigamos relativamente a algumas áreas da nossa vida, outras há, mais pessoais, em que é bastante mais difícil de atingi-lo.
Aqui fica apenas como matéria de reflexão e auto descoberta.
Isabel Nobre
Sunday, February 18, 2007
"QUEM ?"
A "VERDADE" por detrás desta ideia reside no facto de que só nós poderemos despertar, olhar a vida com outros olhos e SERMOS nós a DIFERENÇA para melhor!
O Poema do José António aborda, precisamente, essa verdade, expressa aqui de forma poética e, ao mesmo tempo, como uma directa interpelação à consciência de cada um.
Mas será que QUEREMOS MESMO UM MUNDO MELHOR?
Isabel
Poema do José António:
QUEM?
Quem, senão tu, pode procurar a verdade?
Quem, senão tu, pode estar atento a TUDO?
Quem, senão tu, pode combater a falsidade,
Mantendo-se imperturbável e resoluto?
Quem fará por ti, o que tens que fazer?
Quem descobrirá em si, a vida, o Universo?
Quem poderá olhar, com olhos de ver
Que tudo tem o seu verso e o seu reverso?
Quem poderá ouvir o trinar das aves,
Aspirar o inebriante perfume das flores,
Sentir os estremecimentos suaves
Da Vida Una que vibra em todas as cores?
Quem carregará com perdas e danos,
Sorrindo e querendo sempre continuar,
Desvendando a ilusão dos enganos,
Descobrindo que somos um só a amar?
Só tu meu irmão desta caminhada,
Feita através deste caminho estreito
Só tu que já pressentes a alvorada!
Da Grande Vida já apanhaste o jeito!
José António
Lisboa, Fevereiro de 2007.
Thursday, February 08, 2007
POEMAS INCONJUNTOS - ALBERTO CAEIRO
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores:há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
A PRESENÇA DA LUCIDEZ
"Ao despertarmos cedo, esta manhã, antes da alvorada, a meditação superava as reacções do pensamento. Era uma viagem ao desconhecido que o pensamento não podia acompanhar. A aurora inundou o céu de claridade, e logo o Sol atingiu o cume das montanhas, e uma infinita pureza espraiou-se sobre a terra. (...) Tudo silenciou. Era um silêncio no qual tudo se movia, dançava e gritava. Não aquele que ocorre quando uma máquina pára de funcionar. Uma coisa é o silêncio mecânico, outra é o silêncio do vazio... Era a tranquilidade e ela veio e permaneceu connosco enquanto caminhávamos lenta e despreocupadamente, e a beleza do bosque se intensificou, as cores explodiram, fixando-se nas folhagens e nas flores..." Krishnamurti