Sunday, March 29, 2009






A sede de auto conhecimento tem sido a principal mola da evolução Humana, desde há milénios.

Embora tenha sido sempre uma minoria de seres humanos a destacar-se pela sua dedicação à Busca da Sabedoria, em décadas recentes esse número parece ter crescido, em face da maior abertura a este tipo de Sabedoria, mas talvez também porque as condições que apercebemos no mundo impelem à reflexão e auto análise.


Como poderemos saír do impasse em que se encontra a Humanidade, se não começarmos a procurar dentro de nós o que já descobrimos que nunca poderá vir de fora?


Conseguirá a Humanidade descobrir a tempo que tem acesso, no seu Coração e através de uma Inteligência iluminada de Compaixão, a poder construir um equilíbrio individual e uma felicidade geral?


Isabel



Comentário:


As interrogações/reflexões acima remetem-nos para a eterna questão de sabermos quem somos.


Quem sou eu?

O que faço aqui?

Para onde vou?


Enquanto permanecermos no velho paradigma de que "Somos um Corpo com Alma", certamente que evoluiremos somente à custa do sofrimento próprio e daquele que infligimos aos outros. Só através da consciencialização geral do novo paradigna de que "Somos uma Alma a experienciar através de um Corpo", poderemos contribuir para a massa crítica necessária para processar essa transformação tão necessária.


José António



Lisboa, 29 de Março de 2009



(Foto de Isabel)

Sunday, March 22, 2009





FÉ E INTENÇÃO




A fé não tem que ser cega.

Ela é a compreensão profunda das leis que regem o funcionamento da Natureza.

Estas leis vêm sendo descobertas pelos homens mais evoluídos ao longo dos tempos.



A maioria da Humanidade prefere ignorar essas leis e, em vez de as compreender e agir com adequação, ao se integrar no seu fluir, actua contra elas. E assim cria o seu próprio sofrimento e o dos outros.



E como deveria o Homem actuar de acordo com este sentido, impresso na Natureza? Talvez que a resposta a esta questão pudesse ser esta:



A intenção é a mais profunda ferramenta que o Homem possui para mudar-se a si e ao Mundo.

Uma forte intenção mantida persistentemente e assente em valores Éticos, desencadeia no Universo as forças correspondentes ao estado de vibração de quem formula a intenção.



José António



Lisboa, 22 de Março de 2009.




(Foto de Isabel)

Monday, March 16, 2009




"Um navio está seguro no porto - mas os navios não são feitos para isso..."

John A. Shedd



Não pude deixar de reflectir quando li esta citação, encimando um dos capitulos do livro de Dan Millman, "A Jornada Sagrada do Guerreiro Pacífico".


Talvez alguns de vós se lembrem dele, do filme "O Caminho do Guerreiro Pacífico".

Claro que, em Portugal, cheguei a ouvi-lo descrito como "um filme sobre ginástica"!!!
Se ainda não o viram, já saiu em DVD e talvez vos faça pensar, como aconteceu connosco.


Pois bem, agora surgiu um livro que é, não a história que deu origem ao filme, mas a sua continuação.


Já aí uma grande lição: as jornadas não se conquistam de uma vez por todas: quando chegamos ao fim de um percurso, ao fim de algum tempo, outro se apresentará, chamando-nos uma vez mais à necessidade de estarmos atentos, aprendermos e partilharmos o que encontrarmos.


Pois esta citação do navio fez-me realmente pensar se não se passará o mesmo connosco, seres humanos frequentemente pequenos e facilmente assustados perante o vasto universo e a certeza de mudança...


Mas, tal como os navios, talvez aquilo que nos é mais confortável não seja o que mais nos faz aprender nem nos ajuda a realizar a nossa potencialidade.



Lança-te ao mar,

Navio,

E nada temas...

Tuas velas

podem ser pequenas

e as ondas batendo na amurada

assustadoras e frias...


Mas eis que a Sul

Brilha a Estrela guia

e a noite

dá origem ao dia

e o caminho se faz Vida Maior

Obra,

Arte e

Amor...



Isabel


(Fotos de Isabel)


Saturday, March 07, 2009




Poema de José António em 5 Março 2009


Quem sente mágoa?

Quem sente tristeza?

É você feito de água

Ou é outra subtileza?



Esquecer para não lembrar

Lembrar para não esquecer

Quem será que quer amar

Quem será esse eterno SER?



Outras dimensões existem

Pacíficas, de paz e LUZ

Não conflituam, persistem

No amor que sempre reluz



Comentário de Isabel:


Este poema recorda-nos, quando estamos no meio da tempestade ou dos terríveis obstáculos que a VIDA frequentemente nos apresenta, que podemos encontrar dentro de nós um terreno mais firme, se procurarmos compreender QUEM está angustiado pelo fragor da tempestade...


Quem se angustia em mim?

Terei eu, necessariamente, que me identificar com a minha personalidade que sofre, deseja, teme e se rebela contra a injustiça?

Ou teriam os gegos razão, quando afirmavam que a "persona" mais não é que uma máscara ?


A nossa personalidade é talvez a única coisa que começamos por conhecer, até um dia termos uma daquelas experiências que nos revelam que há níveis bem mais profundos do SER.


Por isso, quando questionamos "quem sente mágoa" ou "quem sente tristeza", estamos em busca de um nível mais profundo, em que o silêncio se faz LUZ e se descobre uma PAZ tranquilizadora e fraterna.


(Foto de Isabel)
A nossa Amiga Fragmentus GuViDu atribuiu-nos o SELO BLOGUE DOURADO,



e nós gostávamos de partilhá-lo com os seguintes Amigos:



MARIZ - http://mariz2.blogspot.com/



CHICA - Cuidando do Nosso Canteiro http://cuidandodonossograndecanteiro.blogspot.com/



ALEXANDRA - A Kind of Magic http://alex13-alexandra.blogspot.com/



ANTÓNIO GALLOBAR - http://galobar2008.blogspot.com/



JORGE MOREIRA - http://jorgemoreirashakti.blogspot.com/


CARLA do blogue Serenidade - http://serenidade3.blogspot.com/


CARLA SOFIA do blogue - http://universosquestionaveis.blogspot.com/


Embora aqui não estejam todos os Amigos, não estão esquecidos os outros!

Um abraço da ISABEL e do JOSÉ ANTÓNIO

Monday, March 02, 2009




TEMPO SEM TEMPO

Sentei-me no alto da montanha
Deixando que a brisa me afagasse
E a imensidão era tal e tamanha
Que não dei que o tempo passasse

Envolveu-me o horizonte e assim
As nuvens eram todas o meu SER
Fiquei sem saber se fiquei ou se vim
Ou sequer se sonhei ou estava a ver

O Universo era apenas o meu lar
Não podendo dizer que era meu
Era uma brisa, aquele suave afagar
Que todo o potencial prometeu

Já não sabia sequer onde estava
Se saía, entrava; se voava ou dormia
Era um outro estado que me transportava
Era apenas uma indescritível alegria

Dali também se avistava todo o mar
Que penetrou meu ser em gotículas
Nasceu em mim toda a vontade de amar
Todos os seres e todas as partículas

Era um outro estado, outra dimensão
Onde tudo se fundia e completava
Era a Vida Una no meu imenso coração
Que inevitável e subitamente despertava

Não sei se um segundo apenas teria passado
Ou uma alguma viagem à eternidade
Quando despertei senti que estava mudado
Eu e tudo o que existe éramos a VERDADE

Nesse fragmento de tempo sem tempo algum
Não quis ser aquilo que não sabia se existia
Senti que tudo e todos éramos somente UM
E que a Vida se desenrola com entrega e magia

E de regresso ao nosso tempo presente
Paira no ar aquela fragrância perfumada
Pensamos, logo existimos, como se sente
Ao percorrer esta via da nova alvorada

Lisboa, 27 de Fevereiro de 2009


José António


(Foto de Isabel)